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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O RETORNO DE JESUS À TERRA, DEPOIS DO MILÊNIO

João viu a cidade Santa, a Nova Jerusalém, que descia do Céu adornada como uma esposa para o seu marido
Ao fim dos mil anos encerra-se no Céu o julgamento de Satanás e de todos os ímpios. O profeta do Apocalipse vê, então, uma grande explosão de júbilo e louvor vinda de toda a multidão de remidos, quando o Todo-poderoso declara que finalmente a justiça está completa, todos os inimigos estão julgados e a sentença pronta para ser executada; que o Salvador finalmente é declarado Rei sem qualquer contestação, e que chegou a hora de voltar para a Terra.

Todo o capítulo dezenove do livro da Revelação se refere a fatos que terão lugar após os mil anos. O fim do julgamento dos ímpios e o retorno de Jesus para a Terra com todos os remidos e com milhões dos Seus anjos e com a Nova Jerusalém precederão os últimos eventos que ainda faltam para dar fim à história do pecado e finalizar o grande e milenar conflito entre o bem e o mal.

Estes eventos são a ressurreição dos ímpios e a execução da sentença de morte para Satanás e para todos os inimigos de Deus e de Sua verdade de todos os tempos. O texto profético destaca os últimos protagonistas da controvérsia final, aqueles que representaram a besta e o falso profeta nos últimos dias.

Somente depois de tudo consumado é que Deus fará novas todas as coisas, recriando, diante de Seus filhos maravilhados, o seu novo lar terrestre. E só então terá lugar a grande comemoração que a Bíblia Sagrada chama de “as bodas do Cordeiro”.

O profeta viu o Céu aberto e Jesus voltando assentado em Seu trono. Com Ele vinha a santa cidade de Deus, a Nova Jerusalém e todos os Seus remidos e uma multidão de anjos. Ele inicia assim o relato do esplendoroso retorno de Jesus à Terra:

“Vi então o Céu aberto, e apareceu um cavalo branco. O Seu cavaleiro Se chama Fiel e Verdadeiro; Ele julga e combate com justiça (11). Os Seus olhos eram como chama de fogo, e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; Ele tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão Ele mesmo (12). Estava vestido com um manto salpicado de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus (13)”. (Apocalipse 19:11-13).

Muitos confundem a cena do Seu retorno com a primeira volta de Jesus à Terra. Mas isso é um grande equívoco. Aquele evento está registrado em Apocalipse 14:14-20. Naquela ocasião Jesus é mostrado em uma nuvem e não em um cavalo. Ele estava com os Seus anjos e não com os Seus santos, como nesta ocasião, agora descrita. “Santos” não podem ser confundidos com “anjos”.

A primeira vez Ele veio para buscar os Seus remidos. Desta vez Ele vem com os Seus remidos, para julgar com justiça. A prova de que Ele vem agora para fazer juízo está em outro texto sagrado, que trata deste mesmo acontecimento:

“Eis que é vindo o Senhor com milhões (miríades) de seus santos (14), para executar o juízo contra todos, isto é, condenar todos os ímpios por seus atos iníquos, cometidos perversamente, e por todas as palavras ríspidas (insolentes) que esses pecadores ímpios falaram contra Ele (15)” (Judas 14 e 15-Bíblia Judaica Completa).

Da primeira vez Ele veio depois do julgamento dos salvos,  em execução agora, que é o selamento para a salvação, e não para condenação. Desta segunda vez Ele vem com os salvos, para a condenação dos perdidos, depois do seu julgamento no milênio, para executar o juízo ou a sentença de morte.

Da primeira vez Ele tinha uma coroa de ouro na cabeça e uma foice aguda na Sua mão. Desta vez Ele é mostrado com muitas coroas e uma aguda espada na Sua boca. Da primeira vez Ele colheu o trigo, mas quem lançou a espada para colher as uvas foi “o outro anjo” que também tinha uma foice aguda. Desta vez, Ele mesmo é que pisa o lagar, na Sua “estranha obra”, de destruir todos os ímpios.

Reiterando, da primeira vez é mencionado que Ele veio com os Seus anjos. Desta vez é dito que Ele vem com os Seus santos, vestidos de linho fino. Em nenhuma parte das Escrituras anjos são mencionados vestidos assim.

O que caracteriza os santos são as suas roupas, não tecidas em teares deste mundo. A Palavra de Deus mostra nos detalhes a sua suprema verdade:

“E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho puro são as justiças dos santos (Apocalipse 19:8).

Estas eram as vestes dos santos acompanhantes de Jesus:

“Seguiam-no os exércitos no Céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro (14). E da Sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; e ele as julgará com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso (15). Em seu manto, sobre a sua coxa, está escrito um nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores. (Apocalipse 19:14-16).

Os cavalos brancos são claramente simbólicos – tanto o de Jesus quanto os dos Seus seguidores - são tronos. Os anjos não são mostrados montados ou assentados porque esta promessa é para homens e não para anjos. A vara de ferro do Rei que julga com justiça é, na verdade, a vara de medir ou de julgar. É de ferro, não por causa da dureza do julgamento, mas pela perfeita justiça e pela imutabilidade da sentença inflexível e irrevogável. Quando ela for executada se cumprirão as palavras da profecia que declara que Ele irá “ferir todas as nações”, ao serem todas elas lançadas no lago de fogo, que é a segunda morte.

A VIAGEM DE VOLTA

Depois dos mil anos passados no Céu os passageiros da primeira viagem retornam com o Seu Comandante, não num carro de nuvem, como na viagem de ida, mas numa gigantesca cidade, impossível de ser descrita por sua incomparável beleza e glória. É a cidade que Deus construiu - a Nova Jerusalém, a Capital do Seu reino universal. O mesmo anjo que acompanhava o profeta continuava a assisti-lo:

“Então veio até mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e me disse: Vem, vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro (9). E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que descia do Céu, da parte de Deus (10)” (Apocalipse 21:9-10).

João contemplou a cidade santa e Jesus voltando com os Seus exércitos, os anjos e os remidos, para o último ato do conflito com o pecado, a consumação dos últimos atos da redenção: o restabelecimento do propósito original de Deus de trazer de volta a humanidade ao primeiro domínio e de povoar a Terra com seres santos, felizes e gloriosos, que viverão por toda a eternidade.

Deslumbrado, ele declarou:

“E eu, João, vi a cidade santa, a Nova Jerusalém, que da parte de Deus descia do Céu, preparada como uma noiva enfeitada para o seu marido(Apocalipse 21:2).

A imensa cidade, que tem a área quase igual à da Alemanha, pousará na mesma região da atual cidade de Jerusalém, onde permanecerá para sempre, nessa ocasião apenas um monte de escombros. A mesma cena e local já haviam sido mostrados ao profeta Zacarias muitos séculos atrás:

“E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul (4). ...Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor (5) (Zacarias 14:4-5)

A escritora Ellen G. White faz uma descrição desse momento extraordinário, em linhas inspiradas:

“Cristo desce sobre o Monte das Oliveiras, donde, depois de Sua ressurreição, ascendeu, e onde anjos repetiram a promessa de Sua volta. Diz o profeta: ‘Virá o Senhor meu Deus, e todos os santos contigo. ’ ‘E naquele dia estarão os Seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, ... e haverá um vale muito grande.’ ‘O Senhor será Rei sobre toda a Terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o Seu nome.’ Zac. 14:5, 4 e 9. Descendo do Céu a Nova Jerusalém em seu deslumbrante resplendor, repousa sobre o lugar purificado e preparado para recebê-la, e Cristo, com Seu povo e os anjos, entram na santa cidade.” (O Grande Conflito, pag. 662-663).

Retornando Jesus à Terra completamente desolada e vazia Ele dará a ordem e todos os ímpios de todos os tempos e lugares ressuscitarão. Satanás será então como que livre de sua prisão circunstancial e retomará o seu antigo propósito maligno de enganar.

Ele declarará que todos foram ressuscitados pelo seu poder e conduzirá a grande multidão de condenados retornados à vida para o derradeiro ato desse drama dos séculos, que resultará na sua segunda e definitiva morte em um grande lago de fogo.

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