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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

AS MINHAS DUAS TESTEMUNHAS



AS DUAS TESTEMUNHAS, OS 144.000, O TERCEIRO ANJO

As duas testemunhas são os pregoeiros da justiça que nos últimos dias darão a mensagem de salvação ao mundo e encherão a Terra com a glória de sua mensagem. Eles são identificados na profecia sagrada como sendo O Terceiro Anjo, um grupo simbólico de “cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham o nome do Cordeiro e de Seu Pai” (Apocalipse 14:1). Sua mensagem promoverá a restauração das sagradas verdades do Evangelho Eterno em todo o mundo antes da volta de Jesus e será levada por dois grupos de pessoas que "guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus" (Apocalipse 14:12), ou seja, guardadores do sábado e cristãos convictos e verdadeiros, provavelmente de judeus convertidos ao cristianismo e cristãos adventistas remanescentes e fiéis.



O Capítulo 11 do livro do Apocalipse faz um relato de dois personagens que são identificados como “Minhas Duas Testemunhas”. O texto tem sido interpretado como se referindo às Sagradas Escrituras e a perseguição que elas sofreram no passado, durante o período de domínio papal da Idade Média e notadamente durante o “reinado de terror” da Revolução Francesa.  Este estudo, contudo, faz do texto uma nova aplicação, literal e futura, embora não descarte esta aplicação histórica.

O futuro domínio papal abrangerá toda a Terra. Pessoas de todas as nações, em todo o mundo - todos os que forem contrários à sua orientação e não aceitarem o seu sinal – sofrerão perseguição atroz: “E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a Terra...” (Apocalipse 13:7 e 8).

O texto não comporta dúvidas. A única exceção à adoração da besta papal são os dois grupos que escolheram adorar “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” e “que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Apocalipse 14:7 e 12) e que, por isso mesmo, serão perseguidos. Estes são o objeto desse estudo, as duas testemunhas mencionadas no livro da Revelação.

As duas interpretações podem se harmonizar dentro de uma visão tipológica, uma no cenário histórico como o “tipo” e outra num cenário escatológico que revela a participação do povo remanescente de Deus nos últimos acontecimentos da História e as grandes tribulações que enfrentarão num mundo hostil e condenado. O texto bíblico é o seguinte, consolidado da fusão de 12 diferentes versões, na busca do relato original, de acordo com o propósito do Revelador:

E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara de medir; e veio o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o santuário de Deus, o altar e conta os que estão adorando nele (1). Quanto ao átrio que está fora do santuário, não o meças, pois ele foi dado aos gentios [Heb.: “doyim”, estranhos], que pisarão a cidade de Jerusalém por quarenta e dois meses (2). E farei que as minhas duas testemunhas profetizem com poder, durante mil duzentos e sessenta dias, como vestidas de pano de saco (3). Estas testemunhas simbolizam as oliveiras e os dois candelabros que permanecem diante do Senhor da Terra (4). Caso alguém queira lhes fazer mal, sai de sua boca fogo que devora seus inimigos; sim, se alguém quiser causar-lhes dano, é assim, pelo fogo, que deverá morrer (5). Estas pessoas têm o poder para fechar o céu, para que não caia nenhuma chuva durante o tempo em que estiverem profetizando; elas também têm autoridade para transformar água em sangue e de ferir a Terra com todo tipo de flagelos, tantas vezes quantas quiserem (6). Quando terminarem a sua pregação e o seu testemunho, a besta que sobe do abismo combaterá contra elas, irá vencê-las e decretar a sua morte (7). E elas estarão expostas na praça da grande cidade que se chama simbolicamente, como reflexo de sua condição espiritual, Sodoma e Egito, onde o seu Senhor foi crucificado (8). E homens de todo o mundo estarão atentos a elas, por um período de três dias e meio, mas elas não serão sepultadas [mortas] (9).  Os que habitam na Terra se rejubilaram com isso, se alegraram e trocaram presentes, pois estes dois profetas haviam atormentado os habitantes da Terra (10). Mas, depois daqueles três dias e meio entrou neles um sopro de vida vindo de Deus, e eles se puseram em pé; e um grande terror tomou conta de todos os que os viram (11). Ouvi então uma voz forte do Céu que lhes dizia: “Subam para aqui!” E subiram para o Céu em uma nuvem, e os seus inimigos os contemplaram aterrorizados (12). Naquela mesma hora houve um grande terremoto, e a décima parte da cidade ruiu. Sete mil homens foram mortos no terremoto; e os que não morreram deram glória ao Deus do céu (13). É passado o segundo ai; eis que o terceiro ai logo virá (4).

O entendimento de que esta profecia está no futuro é porque ela se cumprirá num período de três anos e meio, que terá início na abertura do sexto selo que marca o início do juízo dos vivos; o período continua durante toda a pregação da mensagem do terceiro anjo, passa pelo fim do juízo e o encerramento da graça, prossegue durante os flagelos que assolarão a humanidade e termina no dia da volta de Jesus.

Vamos buscar o real significado da profecia, analisando as duas interpretações, a começar por sua aplicação futura, verso por verso, em todos os seus detalhes, com o devido cuidado que se deve ter pela natureza sagrada da Revelação de Jesus. 

1.  E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara de medir; e veio o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o santuário de Deus, o altar e conta os que estão adorando nele.

Cana de medir deve ser um objeto existente na época do profeta que equivalha hoje a um instrumento existente nas lojas que vendem tecidos. Medir qual santuário? Certamente a referência é ao Santuário Celestial, onde se procede ao juízo pré-advento. Contar os que estão adorando deve ser o registro e selamento dos seus nomes no Livro da Vida, pois o tempo do verbo não sugere julgamento de mortos, mas de vivos.

A palavra “medir” está em conexão com a palavra julgar, conforme exemplificou Jesus em seus ensinos, quando afirmou: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos medirão a vós” (Mateus 7:1-2)

2. Quanto ao átrio que está fora do santuário, não o meças, pois ele foi dado aos gentios [Heb.: “doyim”, estranhos], que pisarão a cidade de Jerusalém por quarenta e dois meses.

O período do seu testemunho abrange desde o período em que Jerusalém for pisada pelos gentios – a “Abominação da Desolação de que falou o profeta Daniel” –, ou seja, o período em que a Besta papal reinará sobre o mundo a partir da Cidade Santa. Este período em que o papa dominará sobre toda a Terra será de 42 meses, 1.260 dias ou três anos e meio literais, quando o bispo de Roma estará pisando Jerusalém, contaminando-a por seu domínio profano e abominável, até que se complete o seu tempo (Lucas 21:24).

Os que estão fora do Santuário, os estranhos ou gentios, representados por aqueles que praticam iniquidade, não serão medidos ou julgados nesta fase do juízo. Jesus em suas últimas instruções aos Seus discípulos afirmou que Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem (Lucas 21:24). Esse tempo, é importante repetir, será de 42 meses literais, quando os gentios pisarão a cidade santa. E é o período em que o papa Francisco governará o mundo, não de Roma, a sede do Estado do Vaticano, e nem de Nova Iorque, onde fica a sede da ONU, mas de Jerusalém. Esse poder ser-lhe-á concedido pelas Nações Unidas, através do seu Conselho de Segurança (Apocalipse 17:12; 13:5), pois é ali que ele assentará as tendas do seu palácio, como gestor da nova ordem política, econômica e ambiental que será implantada no mundo (Daniel 11:45).

3. E farei que as minhas duas testemunhas profetizem com poder, durante mil duzentos e sessenta dias, como vestidas de pano de saco.

Esse período é igual ao anterior (42 meses), ou seja, é um período de três anos e meio, mas não é, necessariamente, o mesmo período, podendo os dois ter início e fim diferentes, pois o primeiro indica o início do governo papal e o segundo identifica o início da pregação das duas testemunhas, debaixo de toda sorte de oposição e dificuldades.

Esse poder é representado pelo derramamento do Espírito Santo que capacitará estes Seus instrumentos humanos a dar com extraordinário vigor e convicção a última mensagem para o mundo, assim como um grupo de discípulos de Jesus, há dois mil anos, no início da pregação do Evangelho, foi capacitado para pregar uma mensagem que parecia loucura: a mensagem de um condenado à morte na cruz, que eles alegavam ser Deus.

Estas testemunhas são mostradas como estando vestidas de saco, mas profetizando com poder. Isto significa que mesmo debaixo de tribulações, tristezas e perseguição elas pregarão o Evangelho do Reino pelo poder do Espírito Santo na chamada “chuva serôdia”, em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, antes que venha o fim (Mateus 24:14). Esta pregação só faz sentido enquanto dure o julgamento no Santuário, pois quando ele terminar não haverá mais oportunidade de salvação. E faz sentido, também, acreditar que o derramamento do Espírito Santo seja simultâneo ao selamento e que aconteça quando as pessoas forem sendo julgadas, seladas e registradas definitivamente no Livro da Vida, separadas para a eterna salvação.  

4. Estas testemunhas simbolizam as oliveiras e os dois candelabros que permanecem diante do Senhor de toda a Terra.

Em harmonia com o testemunho dos fiéis remanescentes do povo de Deus no futuro próximo e de acordo com a Palavra de Deus, parece coerente imaginar que a tradução mais adequada ao texto em análise seja que estas pessoas sejam as mesmas que Jesus mencionou que seriam levadas diante dos reis da Terra, ou dos governantes do mundo. Em vez de verter o texto original para “diante do Senhor de toda a Terra” ele seria mais bem traduzido para diante de todos os senhores da Terra. E a palavra: prevalecem, em lugar de permanecem. Jesus afirmou o que aconteceria a estas pessoas, antes dos eventos espantosos que irão assombrar o mundo no tempo dos flagelos (trombetas e pragas):

“Mas antes de todas estas coisas lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e presidentes (os senhores da Terra), por amor do Meu nome. E vos acontecerá isto para testemunho (Lucas 21:12-13).

Soa estranho e parece sem sentido a permanência diante do Senhor da Terra, referindo-se ao Deus do Universo. Esses pregadores, na plenitude do Espírito, estarão na verdade é diante das autoridades do mundo, dando a razão de sua fé e servindo-lhes de testemunho, para que muitos conheçam o Evangelho e sejam salvos.

5. Caso alguém queira lhes fazer mal, sai de sua boca fogo que devora seus inimigos; sim, se alguém quiser causar-lhes dano, é assim, pelo fogo, que deverá morrer.

Jesus prenunciou que todas as Suas testemunhas serão odiadas por causa do Seu nome, e que muitos serão entregues à prisão e até mesmo à morte e por esta razão é que são considerados bem-aventurados (Lucas 21:16-17; Apocalipse 14:13), mas que depois do fim do juízo e da graça, no tempo de angústia e da grande tribulação não perecerá um único cabelo das suas cabeças (Lucas 21:18), porque na sua paciência está a sua vida (Lucas 21:19; Apocalipse 14:12).

Muitos dos fiéis servos de Deus perecerão, na verdade, mas os seus assassinos ou os que lhes causarem qualquer dano certamente sofrerão a segunda morte pelo fogo que consumirá todos os ímpios e Satanás e os seus anjos no lago de fogo, o mesmo fogo que purificará a Terra no final de tudo. (Apocalipse 20:10, 14-15).

6. Estas pessoas têm o poder para fechar o céu, para que não caia nenhuma chuva durante o tempo em que estiverem profetizando; elas também têm autoridade para transformar água em sangue e de ferir a Terra com todo tipo de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.

O poder mencionado é o poder de Deus, por meio do Espírito Santo. O próprio Senhor Jesus afirmou que Ele, como homem, não podia fazer coisa alguma de Si mesmo (João 5:30) e que qualquer discípulo Seu, pela fé e pelo Espírito, poderia fazer coisas ainda maiores do que as que Ele fez (João 14:12). Isto se cumpriu parcialmente quando o Espírito Santo desceu sobre os Seus discípulos no dia da festa de Pentecostes. Tudo se cumpriu como Jesus havia dito. Milagres extraordinários foram realizados por eles.

O texto profético faz referência ao poder que no passado foi conferido aos profetas de Deus, especialmente referindo-se a Elias e Moisés. O primeiro, “homem sujeito às mesmas paixões que nós que, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra (Tiago 5:17), É muito significativa a referência ao período mencionado no verso citado e ao  poder conferido de impedir a chuva, pois têm sentido semelhante e igual abrangência: três anos e meio.

Esse mesmo poder será no futuro manifestado sobre as testemunhas de Jesus, como nunca ocorreu no passado. A Palavra de Deus afirma que nessa época elas resistirão com firmeza aos enganos e mentiras do poder dominante e farão proezas como as que são mencionadas no versículo citado.

Falando sobre o rei da Terra e os fiéis remanescentes nessa época, Daniel escreve:

“Com lisonjas e mentiras ele (o papa Francisco, este rei) enganará os que tiverem abandonado a Eterna Aliança, mas o povo que conhece o seu Deus resistirá com firmeza e fará proezas(Daniel 11:32).

Sua pregação e testemunho chegarão ao fim depois de três anos e meio, quando terminar o julgamento dos justos, no Santuário Celestial.

7. Quando terminarem a sua pregação e o seu testemunho, a besta que sobe do abismo combaterá contra elas, irá vencê-las e decretar a sua morte.

A besta que sobe do abismo é Satanás, que irá personificar a Jesus (Apocalipse 9:1-3 e 11) e dominará sobre a Terra. Inúmeros textos atestam a aparente vitória do poder das trevas sobre as fiéis testemunhas:

“E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los” (Apocalipse 13:7).

“Foi-lhe concedido também que desse fôlego à imagem da besta para que ela falasse e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta“ (Apocalipse 13:15).

“Quando tiverem acabado de destruir o poder do povo santo todas estas coisas serão cumpridas” (Daniel 12:7).

8. E elas estarão expostas na praça da grande cidade que se chama simbolicamente, como reflexo de sua condição espiritual, Sodoma e Egito, onde o seu Senhor foi crucificado.

A cidade onde o seu Senhor foi crucificado é Jerusalém, sem sombra de dúvidas. Nada pode tirar a clareza desta afirmação. Se for levada em conta a afirmação de que onde existir qualquer injustiça contra “um destes pequeninos irmãos” (Mateus 25:40) é como se Jesus ali fosse crucificado, pode-se afirmar, então, que em cada cidade e em todo vilarejo neste mundo, também “o seu Senhor foi crucificado, pois não existe nenhum lugar em que não ocorram estas injustiças contra inocentes.

Resta, então, a afirmação firme e clara de que a cidade referida não é Paris, Las Vegas ou Kobo, cidades reconhecidamente devassas, mas a cidade de Jerusalém, onde o seu Senhor foi crucificado, literalmente.

9. “E homens de todo o mundo estarão atentos a elas, por um período de três dias e meio, mas elas não serão sepultadas [mortas] (9).”

Três dias e meio é um período de oitenta e quatro horas, literalmente.

10. Os que habitam na Terra se rejubilaram com isso, se alegraram e trocaram presentes, pois estes dois profetas haviam atormentado os habitantes da Terra.

Todos os poderes congregados, então, apoiados pelos reis de todo o mundo – as maiores autoridades do planeta - irão promulgar um decreto de morte, visando à sua completa extinção. Tal será a extensão do apoio mundial a essa iniciativa que parecerá não haver escapatória para eles. Serão considerados já como se estivessem mortos. O prazo que a Palavra de Deus sugere para a execução desse decreto é curtíssimo: Três dias e meio ou 84 horas que, presumivelmente, será o período de sua mais aguda aflição, por ela chamado de “angústia de Jacó”.

Toda a atenção da mídia mundial se concentrará no fim do prazo dado a eles. Parece evidente que o decreto foi emitido em Jerusalém, a cidade onde tudo começou e onde tudo vai terminar. Enquanto não chega a hora de se cumprir o decreto fatal os ímpios habitantes da Terra muito se alegrarão com o esperado desfecho da terrível iniciativa. A pregação das sagradas mensagens angélicas que denunciava os pecados de Babilônia muito os tinha afligido e molestado, acusando-lhes a consciência culpada.  Agora se sentiam aliviados por fazerem calar as vozes que tanto aborreciam.

É compreensível que as pessoas se alegrem quando se livram de desafetos e de pessoas importunas. Durante mais de três anos os guardadores do sábado foram repudiados e odiados por sua mensagem que condenava as práticas de um mundo corrupto e mau. Essa mensagem de salvação tirou a paz de consciências culpadas.

É razoável que todo o mundo comemore ao saber que todo esse povo de estilo de vida  diferente e santo tenha sido considerado culpado pelas tragédias que sobrevieram à Terra e por isso sejam condenados à morte. Mas não é lógico e racional que troquem presentes por causa disto.  Por que a Revelação menciona o fato de que todos os que habitam na Terra trocaram presentes nessa ocasião?
É possível que o Revelador queira mostrar, no detalhe, a época em que este Decreto seja assinado ou a data em que deva ser cumprido. 

Houve no passado um precedente semelhante na história do povo de Deus, com um decreto do rei da Pérsia condenando à morte todos os judeus, ordenando que destruíssem e matassem num mesmo dia a todos, jovens, velhos, crianças e mulheres (Ester 3:13).

O futuro decreto de morte que pretende erradicar a seita maldita deverá ser executado num determinado dia. O detalhe é que nesse dia pessoas de todo o mundo estarão trocando presentes entre si. E qual é o dia em que pessoas de todos os lugares, de todas as raças, classes sociais, religiões e em todas as partes do mundo trocam presentes entre si? A resposta é uma só: O natal é esta data. Se
ria num dia de natal que o decreto de morte aos guardadores do sábado deverá ser cumprido?

Mas o principal detalhe é que as testemunhas não serão sepultadas e a razão é uma só: Elas não serão mortas. Parecerá que não haverá escape para eles e as evidências de sua aniquilação são tão claras que já podem ser considerados mortos. Mas, assim como no passado a Providência divina não permitiu que o seu povo fosse destruído, também agora Deus não permitirá que isso aconteça com o Seu remanescente e os livrará na última hora.  

Finalmente, no auge de sua angústia, quando tudo parecer perdido, em vez da morte certa esperada por todos, o mundo será surpreendido pelo anúncio do dia e da hora da vinda do Senhor, que antecederá a visão de Sua espantosa presença nas nuvens, ladeado por incontáveis miríades de anjos. Nesse dia o terror que os ímpios habitantes da Terra irão sentir somente poderá ser medido pela alegria e sentimento de gratidão e louvor que dominarão aqueles cujo maior sonho estará sendo realizado.

11. Mas, depois daqueles três dias e meio entrou neles um sopro de vida vindo de Deus, e eles se puseram em pé; e um grande terror tomou conta de todos os que os viram.

O sinal do seu livramento virá do Céu. Quando tudo parecer perdido a voz de Deus será ouvida e em tons claros irá revelar o dia e a hora da volta de Jesus.

“Quando a proteção das leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de destruí-los. Aproximando-se o tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarraigar a odiada seita. Resolver-se-á dar em uma noite um golpe decisivo, que faça silenciar por completo a voz de dissentimento e reprovação” (Ellen G. White, O Grande Conflito, Cpb, pag. 635).

Grande número de mártires não tiveram suas vidas por preciosas e morreram durante a pregação de sua gloriosa mensagem. Todos estes ressuscitarão antes da volta de Jesus, para ouvir a voz de Deus estabelecendo o dia e a hora da volta do Salvador e estabelecer o seu concerto eterno de paz com as Suas fiéis testemunhas. Eles retornarão à vida numa ressurreição especial, assim descrita:

“Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados, para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei” (O Grande Conflito, pag. 637).

À meia-noite - do horário de Jerusalém -, do dia em que o decreto de morte deverá ser executado é que acontece o livramento de todos os que estavam condenados à morte.

“É à meia-noite que o Senhor manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. O sol aparece resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se seguem em rápida sucessão. Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto, enquanto os justos veem com solene alegria os sinais de seu livramento. Tudo na natureza parece desviado do curso. As correntes de água deixam de fluir. Nuvens negras e pesadas sobem e chocam-se umas nas outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: ‘Está feito’.” (O Grande Conflito, pag. 636)

A voz de Deus é ouvida no Céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte trovão Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir, com o olhar fixo no alto. Tem o semblante iluminado com a Sua glória, brilhante como o rosto de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande aclamação de vitória” (O Grande Conflito, pag. 640).

Este acontecimento está registrado na profecia sagrada:

“Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias” (Daniel 12:12).

Nota:

Apenas para ilustração podemos imaginar, por exemplo, que o decreto de morte seja assinado na cidade de Jerusalém ao meio-dia de 21 de dezembro de 2020. E que ele se cumpra à zero hora ou meia-noite do dia 25, no natal daquele ano. Serão três dias e meio, como anuncia a profecia, se cumprida nessas condições. É apenas uma suposição, uma ideia. O tempo está próximo e pode-se aguardar para ver se ela tem algum fundamento.

Existem detalhes interessantes que podem ser tirados a partir dessa conclusão. Por exemplo, se isso se cumprir, o livramento do povo de Deus é a revelação do dia e da hora da volta de Jesus, naquele natal. Por simples cálculos aritméticos, retroagindo-se 1.335 dias dessa data, chega-se à data de 30 de abril de 2017, que deverá ser a data em que o papa Francisco deverá ser entronizado como governador supremo da Terra.

Pode-se dizer que isso é uma fantasia. E pode ser, realmente, mas é apenas uma ideia que não põe nada a perder caso não se confirme. É um exercício de imaginação que será colocado à prova dentro de poucos dias.

12. Ouvi então uma voz forte do Céu que lhes dizia: “Subam para aqui!” E subiram para o Céu em uma nuvem, e os seus inimigos os contemplaram aterrorizados.

As datas antes apresentadas podem ser um exercício de imaginação. Mas as afirmações que as acompanham não o são. Numa data não muito distante daquele natal se consumará a história da redenção humana. A voz que convida o povo redimido é a voz de Jesus, voltando nas nuvens do céu com poder e grande glória, na companhia dos Seus anjos, chamando os Seus filhos para que subam ao Seu encontro para nunca mais se separarem.

Jesus não tocará a Terra, mas permanecerá na nuvem, de onde chamará os Seus filhos resgatados, com voz poderosa, para subirem até onde Ele está.  As suas duas testemunhas, representadas pelos que não experimentarão a morte, são os que passaram incólumes pelo tempo das aflições, receberam o ataque dos poderes do mal e foram oprimidos, mas foi assim que lavaram as suas vestiduras e as branquearam no sangue do Cordeiro (Daniel 11:35; 12:10 e Apocalipse 13:7; 22:14). Eles se reunirão com todos os mortos que serão ressuscitados naquela ocasião e, juntos, “seremos arrebatados com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4:17).

Nessa ocasião um terror mortal tomará conta de todos os que, não tendo sido transformados, serão “aniquilados pelo esplendor da Sua vinda” (II Tessalonicenses 2:8)..

13. Naquela mesma hora houve um grande terremoto, e a décima parte da cidade ruiu. Sete mil homens foram mortos no terremoto; e os que não morreram deram glória ao Deus do céu.

Ocorrerá, então, o mais terrível e devastador terremoto que avassalará a Terra. Nenhum dos ímpios habitantes do planeta sobreviverá. Todos serão mortos. A expressão “sete mil homens” é uma expressão bíblica simbólica, já utilizada antes na Palavra de Deus, que sinaliza para um número imponderável ou uma quantidade que não se pode medir. Todos morrerão, à exceção das duas testemunhas de Deus, os dois grupos de Seus filhos fiéis que permaneceram incontaminados e que “darão glória ao Deus do Céu” (Apocalipse 11:13) pela grande vitória alcançada e a consumação de todos os seus sonhos e de sua esperança maior: a volta de Jesus, o Seu senhor.

Este grande terremoto é o que menciona a Revelação: 

O sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e uma forte voz saiu do santuário, vinda do trono, dizendo: Está feito! (17). Houve, então, relâmpagos, vozes, trovões e um grande terremoto, tão grande e tão forte como nunca tinha havido desde que o homem existe sobre a Terra (18) (Apocalipse 16:17-18).

“Sete mil homens” é um número simbólico que sinaliza totalidade, cujo precedente pode ser encontrado na Bíblia. Quando Elias imaginou-se só na fidelidade a Deus, foi-lhe mostrado que existia uma multidão de pessoas que haviam permanecido fiéis a Jeová e que não haviam dobrado seus joelhos a Baal. Sete mil é o número simbólico que foi utilizado por Deus para identificar esse povo (I Reis 19:18). O número sete é representado nas Sagradas Escrituras como um número de plenitude, de totalidade. E a palavra “mil” expressa uma condição de abrangência. De acordo com o contexto e o conhecimento dos resultados no versículo em análise, o significado da palavra “sete mil” é o de que as pessoas que não subiram para encontrar o seu Senhor nos ares foram mortas em sua totalidade.  

14. É passado o segundo ai; eis que o terceiro ai logo virá.

Este versículo detalha o fato de que esses acontecimentos fazem parte do contexto escatológico do sexto flagelo, mencionado pela sexta trombeta. E as trombetas, segundo ela, estão claramente no futuro:

"Solenes acontecimentos ainda ocorrerão diante de nós. Soará uma trombeta após a outra, uma taça após a outra será derramada sucessivamente sobre os habitantes da Terra. Cenas de estupendo interesse se acham precisamente diante de nós". (3 Mensagens Escolhidas, pag. 426).


Poderiam existir palavras mais claras do que estas para estabelecer definitivamente em que período do tempo os acontecimentos das trombetas se situam?

UMA APLICAÇÃO HISTÓRICA, NA INTERPRETAÇÃO DAS DUAS TESTEMUNHAS

Esta profecia foi aplicada por Ellen G. White primariamente à perseguição às Sagradas Escrituras e à sua supressão durante a Revolução Francesa. O Capítulo 15 do livro O Grande Conflito – “A Escritura Sagrada e a Revolução Francesa” – Páginas 265 a 288, detalha a aplicação histórica que ela fez, de maneira primária e simbólica, do texto profético. Mas ela mesma afirma, repetidas vezes, que “a história irá se repetir” e que muitas profecias têm mais de uma aplicação ou cumprimento, no curso do tempo e da História.

Ela mesma afirma em seus escritos, na obra citada, que os flagelos representados por trombetas e pragas estão no futuro e ocorrerão somente após o fim do julgamento dos salvos, ao Jesus terminar Sua obra expiatória no Santuário do Céu e lançar o incensário sobre a Terra, encerrando o tempo de graça para o mundo. Somente então será permitido a Satanás “mergulhar os habitantes da Terra em uma grande angústia final, ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas” (O Grande Conflito, pag. 614, ref. em Eventos Finais, pag. 206).










Um comentário :

  1. Bom dia. O irmão é de Goiânia? me lembro de uma semana de oração no parque atheneu sobre profecias e o orador parece muito com o senhor. Obrigado.

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